No âmbito do estudo da Estética, a profª Marília Sá trouxe os alunos à biblioteca para verem a exposição sobre o Holocausto, Não Há Brincadeiras Infantis. E lançou várias questões a propósito da imagem que fechava o conjunto.
Queres aceitar o desafio filosófico e pensar na relação entre a arte e o modo como olhamos o mundo? O que é que a imagem nos transmite?... Que faríamos se nos cruzássemos com esta criança?...
... Eis um dos textos produzidos numa das aulas de Filosofia:
À primeira vista a imagem transmite-nos
tristeza sendo que é uma fotografia a preto e branco. Vermos a criança
sozinha passeando pelas ruas sombrias e destruídas provoca-nos um sentimento de
pena e o desejo de a podermos ajudar. Depois de observarmos a fotografia por
completo comprovamos que se trata de um acontecimento trágico pois a fotografia
foi tirada durante o holocausto; tiramos também a conclusão de que a criança
deve ter sido separada/ tirada aos pais ou então apenas se perdeu. No entanto,
qualquer dessas situações é triste, pois o que será de uma ingénua e indefesa
criança sem os pais ou alguém que tome conta dela? O que será que lhe aconteceu
depois da fotografia ter sido tirada? Será que conseguiu sobreviver?
Colocando-nos então na mesma situação em
que a criança se encontrava, durante o holocausto (acontecimento perturbante e
marcante pelo desespero das pessoas), iríamos abordar a criança e tentar perceber o que lhe tinha
acontecido e tentar ajudá-la o máximo que pudéssemos, não parando também de
pensar em nós mesmos. Levávamos a pobre criança connosco e procuraríamos os
nossos pais e os dela ou então alguém que nos pudesse ajudar. Querendo nós
dizer com isso que nunca a iríamos ignorar ou abandonar. (Catarina Rodrigues e Jéssica Martins, da turma 10º C).
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